Em 2002, Edu e Alex começaram a desenvolver acessórios sem a pretensão de virar um negócio. Assim como há 20 anos, continuam fazendo tudo artesanalmente e fugindo de grandes tendências – por isso o resultado é original e atemporal.
Gostam de unir materiais de formas diferentes e que carregam o charme de ter uma história. Vidrinhos, pedras, redondo, quadrado, fosco, brilhante e até defeitos entram na dança. “Muitas vezes o defeito vira o efeito.”
Tudo começa no garimpo de peças que eles fazem em viagens e feiras de antiguidades. “Procuramos peças para fazer uma coisa única, trabalhada, diferente do que já existe. Sempre olhamos para as peças que ninguém olha”, contam. “E as peças são escolhidas por afinidade – se a gente gosta e também se a gente não gosta, pois quer dizer que ali tem algo que nos provoca, nos instiga e nos tira da zona de conforto.”
As duas cabeças criativas procuram não interferir na criação uma da outra. O Alex é mais intuitivo, o Edu é mais investigativo, gosta de montar e desmontar para testar as possibilidades. Mas não tem processo de desenho, as peças vão sendo desenvolvidas na mão. Sempre na busca pelo inusitado e pelo contraste, muitas vezes um começa uma peça e o outro termina. No conjunto, elas trazem a união dos dois olhares.
Seguindo a mesma linha, em 2009 começaram a fazer objetos para a casa. “Foi um resgate de objetos que víamos serem descartadas depois de um dia terem tido grande valia para alguém.” Como eram peças maiores, começaram a fazer estes objetos ressignificados, que eles chamam de “Objetos de objetos”.
E aí vemos também a grande beleza do upcycling, de resgatar peças ou materiais e renová-los. Ver o que seria descartado ser transformado em algo novo. Raramente eles produzem peças para trabalhar, pois eles gostam mesmo de reaproveitar o que encontram por aí.
A novidade são os acessórios que podem ser desmontados e remontados. São pingentes que você pode tirar, colares que se conectam, peças que aumentam e diminuem conforme a troca de uma ou outra parte. Somos fãs!!
