Criar é sair de dentro para realizar no mundo. Criticar é opinar, é formular e externar. Comunicar idem. E colaborar é agir a favor de si e do outro, dos outros, para o todo. O autoconhecimento é a fuga da cilada do ensimesmamento, é exercitar repetidamente e compartilhar o que foi aprendido com o mergulho interno do autoconhecimento.


Adam Grant, outro especialista em leitura e estudos comportamentais humanos, tem uma máxima que é a deixa para o inÍcio da nova ação, "Não pergunte por que você é do jeito que é – isso geralmente leva à ruminação. Entenda quais situações despertam o melhor e o pior em você e o que você pode fazer para melhorar”. É hora de ir para fora. De movimentar. 


Para tanto, é preciso muita autorreflexão, “por mais que você odeie isso”, aconselhou Jennifer Porter para a Harvard Business Review. "O autoconhecimento é inútil sem habilidades igualmente importantes como a autogestão e o conhecimento na prática, no mundo”, escreveu ela para a mesma publicação. 

Mas atenção. Em entrevista para o New York Times, Lori Gottlieb, psicoterapeuta e autora do best-seller “Talvez você deva conversar com alguém", diz que se você apenas tentar mudar seu comportamento sem entender a fonte, nunca alcançará uma mudança duradoura. "Você precisa entender o ‘porquê’ da sua nova atitude, para poder legitimar o comportamento”, disse.


Ou seja, para dizer o óbvio, o autoconhecimento, saber dos seus porquês é fundamental, compartilhar com o mundo por meio dos 4 CÊS é funcional, e é o que vai mudar o presente. Porque o futuro é construído no hoje e passa por muitas variáveis, algumas ainda desconhecidas. Como Harari escreveu na Wired, "Qualquer cenário específico sobre o futuro provavelmente estará longe da verdade (…) a mudança em si é a única certeza”.


O texto que citamos mais de uma vez aqui foi escrito por Harari em 2018 para o lançamento do livro “21 lições para o século 21”. Na ocasião, o mundo era outro, pré-pandemia. Hoje, no pós-pandemia, podemos afirmar que é isso mesmo: a mudança em si é a única certeza. E para mudar é preciso movimento, ir para dentro, para fora, e para frente! Avante!